Assenti apressadamente. Não é que eu não me lembrasse dele, eu só estava muito nervoso. E quem não estaria? Ele me reconheceu! Eu quem deveria estar perguntando se ele ainda se lembrava de mim!
Ao invés disso, foi ele quem atravessou cerca de quarenta ou cinquenta residentes novos para vir em minha direção. Como eu poderia não estar superfeliz e nervoso? Congelei no lugar até Nádia, meu melhor amigo, me cutucar com o cotovelo. Foi só aí que minha alma voltou para o corpo.
— Hum… P’Por, você trabalha aqui?
— Oh, eu sou um médico da casa. Já estou velho o suficiente hahaha.
— De forma alguma… você não é velho! Não mudou nada desde os tempos da faculdade.
— Sério? Eu não mudei nada? Nossa, obrigado, mas… — Ele fez uma pequena pausa antes de me sorrir gentilmente. — … você mudou bastante. Está muito mais adorável do que era antes.
Naquele momento fiquei tão ansioso que não soube o que fazer. Meu corpo estava imóvel e minha cara séria, mas meu coração estava pulando de alegria. Parecia que na minha cabeça estavam acontecendo três festivais: Obon, Songkran e o Ano Novo Chinês, todos ao mesmo tempo.
— Na verdade não sou da divisão médica, mas eles chamaram todos aqui para dar boas-vindas aos novos residentes. Estou feliz por termos nos encontrado de novo. Eu te reconheci de longe, mas não tinha certeza se era realmente você, então tive que me aproximar para ver melhor. Porque, sabe, você está muito mais fofo agora, Tawan.
— Eeei, eu estou bem aqui também, P’Por. Como você só reconheceu o Tawan? E eu? Você se lembra de mim?
Meu melhor amigo, Nádia, cuja existência tinha sido completamente ignorada por um bom tempo, não pôde deixar de falar.
— Oh! Hum… Olá, Nong… — O sênior bonitão semicerrou os olhos para ler o nome no uniforme de Nádia. — Nong Warut. Sim, claro, eu me lembro de você. Sabia que você parecia familiar.
— Nãooo! P’Por, por favor, não me chame pelo meu nome real. Eu sou Nádia. Na verdade, costumavam me chamar Not, mas uma cartomante me disse que o nome Not não era auspicioso e não atrairia homens, então mudei para Nádia.
— Hahaha! Essa foi uma ideia brilhante, Nong N… uh, Nádia.
Ele pareceu meio em dúvida antes de chamar meu amigo de Nádia. Mas, honestamente, apesar disso eu não o culpei. Eu, inclusive, costumava ter a mesma dúvida.
Por se virou para mim novamente.
— Estou indo para a clínica odontológica agora. Em qual ala você está?
Ponderei por alguns instantes. Era o primeiro dia e as orientações haviam acabado de terminar. Eu ainda não tinha explorado e nem procurado pela minha ala, então não conseguia me lembrar direito. — Hum… clínica médica, ala regular feminina número dois. — Devia ser aquela… eu esperava que sim.
Ele assentiu. — Ah… então você está indo para a ala da Medicina. Você vai estar livre meio-dia, então? Se estiver livre, vou te buscar para almoçarmos juntos.
Sacudi a cabeça. — Ainda não sei como os meus horários vão funcionar aqui no trabalho e nem se vou ter muitos pacientes hoje. Ainda não peguei nenhuma nota de serviço também, e ainda preciso pegar a passagem de turno.
Ele puxou um celular do bolso da calça.
— Bem, então você pode me passar o seu número? Assim nós podemos pelo menos conversar.
Depois de adicionar meu contato, o charmoso sênior sorriu gentilmente antes de subir em uma escada rolante para o segundo andar do hospital. O Segui com os olhos e acabei encontrando o departamento de odontologia. Ótimo! Pelo menos agora eu sabia onde ele trabalhava.
— Como? Quando? Por quê?! O que acabou de acontecer? Desde quando você é tão amiguinho de uma estrela da odontologia como o P’Por?
Nádia me cutucou novamente com o cotovelo.
— Eu costumava arrastar as asas para ele. Nós nos aproximamos durante os eventos esportivos.
Virei para responder, ainda me sentindo nas nuvens. O anjo o qual eu só podia cobiçar de longe na verdade havia se lembrado de mim e dito que eu era adorável. Tudo aquilo aconteceu em um piscar de olhos e ele até mesmo havia pedido o número do meu celular. Eu não estava sonhando, estava?
— Arrastar as asas, uh? Essa expressão é tãão velha que eu já tinha me esquecido que existia!
Nádia revirou os olhos, expressando um descontentamento frívolo contra mim. Uma notificação de mensagem me fez olhar o celular. E é claro que Nádia não perdeu a chance e se inclinou para dar uma olhada também.
Era um ursinho marrom com olhos de coração, mandado pelo Por.
[Estou feliz por termos nos encontramos novamente, Tawan. Espero que possamos nos tornar mais próximos.]
— Oh meu Deus! Oh meu Deus! Olha para você, sorrindo de orelha a orelha. Ei, vamos indo para nossas alas para começar a trabalhar. Você para a ala médica e eu para a pediátrica. Não se atreva a perder a cabeça por causa dele e se esquecer de mim. — Com isso Nádia saiu andando, meio liderando meio me arrastando ainda em transe, para o saguão do elevador para que pudéssemos começar nossa rotina diária como médicos residentes.
Pelo visto meus três anos de especialização me trariam algo tão bom quanto educação.
-
Sete Dias Para o Dia dos Namorados – Patrick RangsimantR$ 29,99
-
Ebook -My Ride – Te amo, motorista – Patrick RangsimantR$ 26,99
-
Produto em promoçãoMy Ride – Te amo, motorista – Patrick RangsimantOriginal price was: R$ 64,99.R$ 61,99Current price is: R$ 61,99.
Sem comentários! Seja o primeiro.