Ishii Hisoka
Saímos da distribuidora automobilística e fomos caminhando pelo bairro de Ginza, como eu havia falado anteriormente, o bairro mais luxuoso de Tokyo, possui vários atrativos que nos deixam encantados, somente por caminhar em suas ruas no decorrer do entardecer.
– Ishii-kuuuunnn! – Kaorin me chama enquanto regressamos ao ponto de ônibus. Como já havia se passado das 16h, o expediente na revista já havia acabado e por isso estávamos voltando para casa. – Você é bem perspicaz, disse-me na concessionária que o vendedor não era seu tipo e agora já até pegou o número dele. O que você está planejando?
– Mas é claro, Kaorin-chan, que ele é meu tipo! – Respondo a mais nova que me observava com a sobrancelha arqueada. – Ou você não percebeu que eu não conseguia tirar o olho dele? O único problema é que eu não sei se ele é gay, ele não demonstrou nada durante nossa breve conversa.
– É óbvio que ele não demonstraria nada em seu ambiente de trabalho Hisoka-kun. – Shirie-san me puxa pelo braço, obrigando-me a cedê-lo como apoio. – Pois se parecesse que ele estava dando em cima de você, o rapaz poderia perder o emprego.
– Tem razão. – Concordo com ela que sorria de forma calma para mim. – Mas quero ter alguma comprovação de que ele é gay e que eu posso investir. Visto que o mesmo não parece ser o tipo de cara que quer somente algo casual. Okada-san tem uma aura boa que não sei explicar.
– Ele também me passou essa sensação. – Responde Shrine-san. – Mas, enquanto você não progride com o “senhor concessionária”, vamos aproveitar essa brisa fresca e a deliciosa fragrância das flores de cerejeira.
Sorrio para Shirie-san e continuo a caminhada de braços dados com ela. Esses poucos momentos de descanso, faziam muitíssimo bem para mim, que levo uma vida corrida e monótona, mas amo muito toda essa monotonicidade.
Okada Akiko
Após mais um dia de trabalho exaustivo, ainda mais depois de ter catalogado todo aquele depósito, enfim chega o horário de encerramento das atividades. A hora mais importante do dia, em meu parecer. Após trocar de roupa, Ishigami-san me aguarda na saída de funcionários para me conceder uma carona, pois moramos próximos e temos um trato de regressarmos todas as noites juntos intercalando as caronas, sendo uma semana com o meu carro e outra semana com o carro dela.
– Me desculpe pelo atraso, Ishigami-san. – Me curvo próximo a janela do carro onde a mesma se encontra, logo após, entro no carro. – Kawakami-senpai, pediu que eu organizasse o estoque antes de sair, pois amanhã estou de folga e não teria ninguém para fazê-lo.
– Tudo bem, tudo bem! – Inoue-san me responde com um sorriso calmo e alguns tapinhas no ombro. – Todos nós sabemos que no dia em que você não está aqui, Kawakami-san fica mais perdido do que nunca. Creio que seja por isso que ele te cobra tanto. Principalmente a pontualidade, né?
– Você sabe muito bem que eu só me atraso quando minha sobrinha e afilhada que mora no Brasil realiza uma chamada de vídeo. Só consigo falar com ela à noite, devido ao fuso horário. – Respondo a mais velha, retribuindo o sorriso que me foi presenteado a poucos minutos atrás. – A pequena sente muita saudade do pai dela, que passa o tempo inteiro preso dentro dos museus japoneses. Então me sinto responsável por suprir essa falta que nós sentimos dele.
– Sua sobrinha mora no Brasil com a mãe, correto? – Questiona Inoue.
– Sim! Assim que meu irmão se estabilizar e parar de ser transferido, elas irão se mudar para cá, para viver comigo e com ele. – Olho para fora do carro ao lembrar que já fazem mais de duas semanas, ou melhor, quase dois meses que não converso com meu irmão.
Finalmente chego em casa após um grande engarrafamento, devido ao mesmo, eu e Inoue-san chegamos aos nossos respectivos prédios vinte minutos mais tarde do que o horário habitual. Depois de um banho reconfortante de banheira com sais e água quente que me relaxaram, vou ao meu quarto com a toalha enrolada na cintura e coloco meu short de moletom, o que me deixa completamente confortável. Visto-o e me deito sobre a cama. O dia foi realmente exaustivo, porém o olhar e sorriso daquele rapaz não saem da minha cabeça, como alguém tão belo pode existir? Sou retirado de meus pensamentos quando escuto o barulho da notificação de uma mensagem em meu aplicativo de mensagem.
Ao pegar o celular para verificar a mensagem, pensando se tratar de Ishii-san, quase caio da cama ao ver que a mesma era de meu irmão dizendo que estava retornando para Tokyo, uma vez que o trabalho e a pesquisa dele haviam se encerrado em Kyoto. Uma alegria imensa contagiou meu coração, finalmente poderia abraçar meu irmão após dois meses sem ter notícias dele, além de poder bater no mesmo, por ter ficado tanto tempo sem me informar se estava bem, aparecendo de surpresa em um momento como esse.
O que na verdade era um ótimo momento, pois com o meu irmão de volta, eu ficaria preocupado e ocupado com ele, o que, consequentemente, me ajudaria a esquecer o olhar atrativo de Ishii-san.
Capítulo Prólogo da Degustação – Ai No Chikara – A Força do Amor, livro do autor mineiro Gustavo Luciano. Publicado no Brasil pela editora blb.
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